Machado de Assis usa inúmeras metáforas para falar sobre o folhetinista. Inicia seu texto conceituando o folhetinista como uma planta européia, que por defeito de suas propriedades orgânicas, não se acostuma com o clima brasileiro. Deixando, assim, escapar que o grande alvo de sua crítica, é a ausência de nacionalismo dos escritores de folhetins.
Isso se explica pelo contexto histórico: na segunda metade do século XIX, as manifestações culturais mantêm as influências européias, principalmente a francesa (muitas publicações são escritas em francês), mas cresce a presença de temas nacionais.
O Romantismo é marcante na literatura até o final do século XIX, quando cede lugar para o Realismo. A prosa de ficção romântica se alterna entre o nacionalismo indigenista e o relato de costumes tipicamente brasileiros.
No realismo, a descrição objetiva da realidade e das ações dos personagens substitui a visão romântica. Talvez o maior representante da crítica social na literatura seja Machado de Assis. Seus escritos, refletem de maneira sutil, irônica e inteligente as transformações sociais e a crise de valores dos últimos tempos do Império.
Machado conceitua o folhetim como uma nova entidade literária, nascida do jornal; como um “confeito literário sem horizontes vastos”. Em outras palavras, uma literatura barata, de conteúdo pobre e irrelevantante. Mas admite que os folhetins fazem sucesso, sendo bastante lidos, por um público que ele classifica, pejorativamente, como homens “ociosos” e mulheres pedantes.
Estabelece diferenças entre o jornalista e o folhetinista, de maneira a torná-los antagônicos. Para o primeiro usa adjetivos, como: útil, sério, “daquele cai sôbre êste a luz séria e vigorosa, a reflexão calma, a observação profunda”; e para o segundo: fútil, frívolo, leviano, arauto amável, “cardeal-diabo da cúria literária”.
Resume o folhetinista como um indivíduo de pouca moral, não dotado de razão, descapacitado até para escrever: “Ora, quando há matéria e o espírito está disposto, a coisa passa-se bem. Mas quando, à falta de assunto se une aquela morbidez moral, que se pode definir por um amor ao farniente, então é um suplício...”
Critica os brasileiros que vão estudar na França, pois, segundo ele, voltavam degenerados física e moralmente e com um estranho estilo parisiense.
Propõe a “independência do espírito nacional”, que ele considerava “prêso a essas imitações, a êstes arremedos, a êsse suicídio de originalidade e iniciativa.” Pedia que os folhetinistas fossem mais nacionalistas. Dizia: “escrever folhetim e ficar brasileiro é na verdade difícil.” E lamentava: “êle podia bem tomar mais côr local, mas feição americana”. (É bom ressaltar que o sentido da palavra americana não significava o que significa hoje, que se referia ao Brasil como país americano).
Isso se explica pelo contexto histórico: na segunda metade do século XIX, as manifestações culturais mantêm as influências européias, principalmente a francesa (muitas publicações são escritas em francês), mas cresce a presença de temas nacionais.
O Romantismo é marcante na literatura até o final do século XIX, quando cede lugar para o Realismo. A prosa de ficção romântica se alterna entre o nacionalismo indigenista e o relato de costumes tipicamente brasileiros.
No realismo, a descrição objetiva da realidade e das ações dos personagens substitui a visão romântica. Talvez o maior representante da crítica social na literatura seja Machado de Assis. Seus escritos, refletem de maneira sutil, irônica e inteligente as transformações sociais e a crise de valores dos últimos tempos do Império.
Machado conceitua o folhetim como uma nova entidade literária, nascida do jornal; como um “confeito literário sem horizontes vastos”. Em outras palavras, uma literatura barata, de conteúdo pobre e irrelevantante. Mas admite que os folhetins fazem sucesso, sendo bastante lidos, por um público que ele classifica, pejorativamente, como homens “ociosos” e mulheres pedantes.
Estabelece diferenças entre o jornalista e o folhetinista, de maneira a torná-los antagônicos. Para o primeiro usa adjetivos, como: útil, sério, “daquele cai sôbre êste a luz séria e vigorosa, a reflexão calma, a observação profunda”; e para o segundo: fútil, frívolo, leviano, arauto amável, “cardeal-diabo da cúria literária”.
Resume o folhetinista como um indivíduo de pouca moral, não dotado de razão, descapacitado até para escrever: “Ora, quando há matéria e o espírito está disposto, a coisa passa-se bem. Mas quando, à falta de assunto se une aquela morbidez moral, que se pode definir por um amor ao farniente, então é um suplício...”
Critica os brasileiros que vão estudar na França, pois, segundo ele, voltavam degenerados física e moralmente e com um estranho estilo parisiense.
Propõe a “independência do espírito nacional”, que ele considerava “prêso a essas imitações, a êstes arremedos, a êsse suicídio de originalidade e iniciativa.” Pedia que os folhetinistas fossem mais nacionalistas. Dizia: “escrever folhetim e ficar brasileiro é na verdade difícil.” E lamentava: “êle podia bem tomar mais côr local, mas feição americana”. (É bom ressaltar que o sentido da palavra americana não significava o que significa hoje, que se referia ao Brasil como país americano).
A crítica de Machado de Assis continua atual. Porque o que mudou de 1859 para hoje, foi – que além das palavras: todo, ele, deles, este, força e cor, que antes se escreviam: êle, dêles, êste, fôrça e côr – a transferência de dependência ideológico/cultural da França para os Estados Unidos.
Ainda hoje o Brasil sofre influência, seja na literatura, no cinema, na música e no próprio idioma. Só que hoje a influência vem de outro lugar, mas dependência continua.
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